Zé Eduardo
Zé Eduardo é músico, compositor, orquestrador e pedagogo. Fundou a Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal em 1979 e foi director do Taller de Músics de Barcelona entre 1983 e 1991. Em Portugal fundou em 1999 a Escola de Jazz do Barreiro e em 2008 a Escola de Artes de Sines. No Algarve cria em 1996 o Festival de Jazz de Loulé e o Festival de Jazz de Faro. Funda a Associação Grémio das Músicas em 2001 com a qual organiza os "Workshops" internacionais de Jazz de Tavira e Faro. Pelo seu trabalho em prol da divulgação da Cultura no Algarve, recebe em 2003 a medalha de Prata de Turismo da RTA e em 2020 a Medalha de Ouro de Mérito, do Município de Faro. É artista em residência desde 2014.
Jorge Mendonça
Nasceu no Cerro do Botelho, São Brás de Alportel, em 1964.
Desde cedo, com cerca de seis anos, que observa o trabalho dos artesãos e artífices da pedra calcária do barrocal do Algarve.
Frequentou a Escola Primária, no Corotelo (4ª classe), ao mesmo tempo que guardava cabras e trabalhava no campo, e quando a terminou, aos 12 anos, foi trabalhar na pedra com o pai, acompanhado pelo irmão mais velho. Entretanto foi aprendendo a arte do trabalho da pedra, com os canteiros mais velhos e experimentados, nas pedreiras do concelho de São Brás de Alportel.
Começou por fazer pias para as galinhas quando tinha 12/13 anos, a pedido dos vizinhos, usando as suas ferramentas preferidas – maceta e ponteiro.
Mais tarde, há cerca de 25 anos, após um grave acidente, diz que toda a sua vida mudou. No seu trabalho, quando olha uma pedra diz que vê o desenho na sua cabeça e a partir daí sente que não é ele que guia as suas mãos.
Gosta de trabalhar o calcário, o mais duro que existe, por exemplo a pedra dos Gorjões.
É um artista autodidata, sem qualquer formação profissional, que se dedicou à cantaria e à escultura em pedra, trabalhando-a ainda com os métodos tradicionais. Desenvolve temas de plasticidade orgânica, que remetem para a vivência com a natureza.
Já apresentou os seus trabalhos no Hotel Vila Sol, nas Galerias de Arte de São Brás de Alportel e em muitas das Feiras de Santa Bárbara de Nexe, e mais recentemente na Galeria do Alto, nos Gorjões (2023).
Em tempos mais inspirados escreve frases simples que lhe vão na alma, sobre o amor à pedra e à natureza, que guarda num caderno pessoal, e do qual já se ouviram alguns, ditos por Rogério Cão, na sua exposição “Árvore de Pedra”.
Em março de 2024 iniciou a residência artística coletiva, «Impressão identitária da cidadania - Memórias comunitárias e cívicas dos Gorjonenses», integrada no programa cultural da Associação Casa-Museu José Pinto Contreiras, nos Gorjões, sob a direção artística de Adão Contreiras.
Adão Contreiras
Nasceu no sítio dos Gorjões a 20 de Junho de1944 e aí fez a antiga 4ª classe
Estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio e Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, que abandonou, entre 1961 e 1975
Trabalhou como técnico na Lavandaria Sólimpa
Criou a cooperativa Cooplava em 1975
Fez parte das direcções do Cine Clube de Faro e Círculo Cultural do Algarve entre os anos 1968/ 75
Em 1975 regressou à Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e completou o curso de Artes Plásticas
Criou a Galeria Margem em Faro no ano de 1988
Foi professor no Ensino Básico e Secundário.
Sofia Guerreiro
Nasceu em Faro em 1982.
É designer de comunicação e audiovisual, pela Escola Superior Artística do Porto.
Trabalhou na edição áudio e vídeo na extinta Tele7, foi assistente de figurinos na média metragem “As Maltratadas” de Ana Campina e fez a direcção de arte da curta-metragem “A Lembrança” de Sérgio Júnior.
Foi formadora e docente na Escola Secundária de Silves.
Em 2014 tem a sua primeira exposição individual e em 2015 e 2016, participa nas exposições colectivas do Festival Med Loulé.
Entre 2015 e 2018 colabora externamente como designer gráfica na empresa Geração Consciente.
Em 2023 (junho-novembro) desenvolveu, como artista residente da Associação Casa-Museu José Pinto Contreiras, o Projeto Escritos na Paisagem-Instalação Paisagista na Rota dos Poços nos Gorjões.
Em março de 2024 iniciou a residência artística coletiva, «Impressão identitária da cidadania - Memórias comunitárias e cívicas dos Gorjonenses», integrada no programa cultural da Associação Casa-Museu José Pinto Contreiras, nos Gorjões, sob a direção artística de Adão Contreiras.
Nelson Martins
Nasceu na Soalheira/Alte/Loulé, a 6 de agosto de 1976.
Ainda jovem, passava o seu tempo nos ateliês dos artistas louletanos, Cassiano Lima e Victor Borges.
Trabalhou na Ferro-Design, de BeauMcClellan, no Parragil e, mais tarde, conhece e inicia colaboração na Cerâmica d’Alte, ateliê criativo de Victor Cassanheira.
As experiências de observação dos artistas locais, estimulam os seus primeiros trabalhos em lápis de carvão ou de cor, e de seguida permitem a colaboração com o artista plástico, professor e gravador Daniel Vieira, em oficinas na Horta das Artesateliê de Daniel Vieira inaugurado em 1995, que considera a sua principal influência.
Entretanto, ao mesmo tempo, participa como ator no elenco do Grupo Teatro da Estrada/Associação Cultural de Alte, associação constituída com jovens criativos da aldeia e da freguesia de Alte, tendo sido membro dos órgãos sociais nos meados dos anos 1990.
Em Londres, dedica-se a pintura a óleo, em casa, nos períodos extra trabalho, e de seguida em Bolton (Inglaterra) abre um ateliê onde se dedica à pintura em azulejo e a trabalhar em barro, expondo e vendendo em galerias. Nessa altura conhece o escultor Chris Johnstone e o criador e impulsionador dos grandes festivais de cerâmica da Europa – Potfest - Geoff Cox, que o convidou a participar nesses eventos, onde apresenta azulejos e outras peças.
Anos depois, trabalha como ceramista na Horta das Artes, e mais tarde emigrado na Suíça, desenvolveu trabalho em desenho e ilustrações.
Em 2018 é convidado, pela Junta de Freguesia de Alte, para reabrir a Cerâmica d’Alte, onde desenvolveu o seu trabalho criativo na cerâmica artística e decorativa e trabalhos em azulejo, utilizando barros de Mafra e de Montemor-o-Novo, ou ainda recolhendo barros locais; trabalha sobre azulejo industrial mas também produz azulejo manual.
Ultimamente tem trabalhado em painéis públicos de grande dimensão, encomendados por autarquias locais e outras entidades.
Na área do teatro, trabalhou como técnico de som no Teatro ao Largo (Vila Nova de Milfontes, 2010) e após a criação do Grupo Ao Luar Teatro (Alte), tem desenvolvido, como colaborador, diversos trabalhos de criação artística.
Em março de 2024 iniciou a residência artística coletiva, «Impressão identitária da cidadania - Memórias comunitárias e cívicas dos Gorjonenses», integrada no programa cultural da Associação Casa-Museu José Pinto Contreiras, nos Gorjões, sob a direção artística de Adão Contreiras.